SEGURANÇA: COMO CONQUISTAR?

on domingo, 12 de dezembro de 2010



Um grande percentual de pessoas é insegura. E a insegurança estabelece dificuldades à busca e conquista de trabalho, à efetivação de relacionamentos interpessoais, a conquistas afetivas, à realização pessoal. A pessoa insegura é alguém que poderia ser mais, conquistar mais, empreender melhor, mas vive limitada pela visão do não conseguir, do não poder, do não chegar lá. A insegurança a limita e a impede de avançar.

A insegurança está estabelecida na base da personalidade. Ela é fruto, sobretudo, do ter vivido experiências estressantes na infância; de experiências traumáticas vivenciada nas relações entre a criança e o adulto que com ela convive.

A segurança é uma conquista.

Na infância ela se estrutura na medida em que a criança vive experiências bem sucedidas nas relações com os adultos que a cercam. A criança que se sente segura em seu ambiente passa a confiar em si, a gostar de si mesma, e a sentir-se segura e confiante. As relações afetivas equilibradas são fundamentais para gerar a segurança e a auto-confiança.

O que, então, promove segurança na criança?

Um relacionamento equilibrado entre pai e mãe na posição de cônjuges. O relacionamento adequado entre o casal vai repercutir positivamente na estruturação equilibrada da personalidade dos filhos. Também o amor claro e contínuo dos pais pelos filhos os ajuda a sentirem-se amados, aceitos, e consequentemente a construir o senso de segurança real. Esse amor se manifesta muito através de atitudes e gestos, tais como o abraçar, beijar, conversar com os filhos, toca-los. O toque é detentor de grande poder de comunicação de afeto. Outro aspecto importante é o da disciplina, com o estabelecimento de limites claros e adequados ao momento da criança. Além disso, é importante que a criança se sinta pertencendo a alguém. Quem não consegue se situar no que concerne ao pertencimento, não tem norte, não constrói um rumo claro em sua vida. E quem não tem clareza de direção, de alvo, não consegue se situar, não estrutura o sentimento de segurança. Um aspecto igualmente importante para a construção da segurança é o reconhecimento de valor. Quando a criança é valorizada em suas potencialidades e naquilo que realiza de válido, ela consegue perceber o quanto pode empreender, se realizar e conquistar. Ainda é importante o estabelecimento de uma rotina regular, mas sem autoritarismo, e um envolvimento da criança com a pessoa de Deus, com a visão de que a Ele ela pode recorrer e o encontrar.

Uma questão: e se o adulto for inseguro, o que fazer? É possível que ele trate da insegurança e mude de atitudes? A resposta é sim.

Para que o adulto inseguro conquiste segurança é importante que, além de buscar a origem da sua insegurança para trabalhá-la, ele reforce sua auto-estima.

Como fortalecer a auto-estima? Eis algumas sugestões:

Primeiro; AVALIAR-SE.

Cada um de nós sabe o que faz de melhor, e em que se é mais fraco. Devemos olhar para nós e sabermos “quem somos, de que gostamos, o que sabemos fazer, aonde queremos chegar”. O auto-conhecimento é chave na conquista da segurança.

Numa carta que escreveu aos cristãos da cidade de Filipos o apóstolo Paulo, falando a seu respeito, apresentou a seguinte avaliação: “aprendi a adaptar-me a toda e qualquer circunstância. Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade. Tudo posso naquele que me fortalece”.

Segundo: VALORIZAR SEUS PONTOS FORTES.

É fundamental que se aprenda a valorizar os aspectos bons que se possui, nos lugares onde se estiver. Não estou dizendo que fique falando disso desnecessariamente, mas estou sugerindo que explore o melhor que tem.

Fazer assim é reverter a visão de que não tem valor, de que não foi valorizado na família, ou nos lugares onde esteve.

Valorizar os pontos fortes é tomar a posição de vencedor, estabelecendo para si mesmo o caminho da vitória. É investir nos pontos fortes, para poder trabalhar os pontos mais fracos.

Falando sobre auto-conhecimento e prática, o apóstolo Paulo disse: “Tão somente vivamos de acordo com o que já alcançamos”.

Aprender a gostar de si mesmo é fundamental para reverter a visão inadequada de si, e alcançar o sucesso.

Terceiro: CONHECER SEUS LIMITES.

Uma certeza se deve ter: não se é bom em tudo.

Reconhecer em que se é fraco, e investir numa melhora de performance é importante. Mas deve-se estabelecer um limite para esta busca de melhora, a fim de evitar a angústia de não ter chegado muito alto.

Quarto: NÃO SE VER COMO VÍTIMA.

Não se ver como um coitadinho é fundamental para que haja crescimento, melhora na auto-estima.

Uma excelente atitude para se estar pra cima sempre, é não se ver como uma vítima, um coitado cheio de auto-piedade. Inda que o ambiente esteja nos boicotando, nos explorando, não devemos nos ver, nem assumir a posição de vítima. O que deve ser feito é para e analisar em que estamos sendo permissivos. Só é abusado aquele que se deixa abusar.

Quinto: INVESTIR EM SI MESMO.

Procurar crescer investindo na conquista de conhecimento, de maior competência, de transformação.

Não podemos aceitar o que de negativo querem nos tornar. Nós é que somos responsáveis por nós mesmos. Investir em conquistas, procurar trabalhar os pontos fracos e fortalecer inda mais os fortes, é transformador.

Quando investimos positivamente em nós mesmos mudamos nossa história para melhor.

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