FAMÍLIA: UM GRANDE PROJETO - VI

on sábado, 28 de abril de 2012




“Não é bom que o homem esteja só. Far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea”. Foi o que declarou o Criador ao perceber o estado de solidão em que se encontrava o homem no Jardim do Éden, por não ter encontrado quem o complementasse adequadamente. Por causa disso, Deus criou a mulher, e a entregou ao homem para que este lhe fosse por esposo. Logo, ser esposo é algo especial no projeto de Deus para a família. Mas, um grande percentual de homens não tem sido o esposo que o Criador planejou. São os maridos inadequados. Hoje quero lhes falar sobre um tipo de esposo a quem denomino de MARIDO INFANTIL.
Há homens que são imaturos, e muitos até infantis mesmo, uns meninões casados. Vários deles foram criados em lares onde a mãe era uma mulher dominadora, a cabeça das decisões, e o pai um homem frágil nas atitudes de liderança da família. Um lar marcado pela inversão de papéis. Nos lares onde há a inversão de papéis conjugais, a personalidade dos filhos geralmente apresenta distorções, as quais se manifestam nos relacionamentos, ao longo da existência.
Outros homens foram criados em lares super-protetores nos quais os filhos são tratados sempre como crianças que não podem crescer; gente que vive debaixo das asas da mamãe e do papai, para quem tudo é resolvido pelos genitores, até os documentos de maioridade. Tornam-se homens dependentes, sem iniciativa e sem decisões.
Geralmente os homens infantis procuram relacionar-se com mulheres de idade mais avançada que a deles, a figura da mamãe protetora. Outros se relacionam com mulheres dominadoras, castradoras, a figura da própria mãe dominadora que têm, ou que tiveram. Em resumo: estão inconscientemente casando-se com a própria genitora, sendo esta representada pela figura da esposa autoritária e mandona.
Na Bíblia há um exemplo interessante que descreve atitudes de um marido infantil. É a história do rei Acabe e de sua relação com a rainha Jesabel.
Diz o texto bíblico: Algum tempo depois houve um incidente envolvendo uma vinha que pertencia a Nabote de Jezreel. A vinha ficava em Jezreel, ao lado do palácio de Acabe, rei de Samaria. Acabe tinha dito a Nabote: ‘Dê-me a sua vinha para eu usar como horta, já que fica ao lado do meu palácio. Em troca eu lhe darei uma vinha melhor ou, se preferir, eu lhe pagarei, seja qual for o seu valor.’
Nabote contudo respondeu: ‘O SENHOR me livre de dar a ti a herança dos meus pais’.
Então Acabe foi para casa aborrecido e indignado porque Nabote, de Jezreel, lhe dissera: ‘Não te darei a herança dos meus pais’. Deitou-se na cama, virou o rosto para a parede e recusou-se a comer’.
Sua mulher Jezabel entrou e lhe perguntou:’Por que você está tão aborrecido? Por que não come?’ Ele respondeu-lhe: ‘Porque eu disse a Nabote, de Jezreel: venda-me a sua vinha; ou, se preferir, eu lhe darei outra vinha em lugar dessa. Mas ele disse: não te darei minha vinha’. Disse-lhe Jezabel, sua mulher: ‘É assim que você age como rei de Israel? Levante-se e coma! Anime-se. Conseguirei para você a vinha de Nabote, de Jezreel.
Diz o relato bíblico que Jezabel tramou a morte de Nabote e só sossegou depois de receber a notícia de que ele já estava morto.
“... Assim que Jezabel soube que Nabote tinha sido apedrejado até à morte, disse a Acabe: ‘Levante-se e tome posse da vinha que Nabote, de Jezreel, recusou-se a vender-lhe. Ele não mais está vivo. Está morto!’ Quando Acabe ouviu que Nabote estava morto levantou-se e foi tomar posse da vinha” (1Reis 21:7,15,16).
Observemos quão infantil era Acabe.
A infantilidade dele foi demonstrada por suas atitudes ante a recusa de Nabote em relação à vendagem da vinha. Ele emitiu atitudes infantis: rejeitou alimentar-se, fez birra, ficou deitado com o rosto virado para a parede, ficou muito emburrado. Estava como um menino chateado a dizer: “Não como, não como, não como. Ele não me vendeu a vinha que eu tanto queria”. Houve regressão. Ao recorrer ao mecanismo psicológico de regressão na dimensão emitida, Acabe se apresentou como um adulto infantil. Por sua vez, Jezabel era o protótipo da esposa fálica, da mulher pênis, isto é, uma mulher máscula, comandante de um marido fraco, ameninado, com quem se relacionava como se fora uma mãe autoritária, responsável por tomar todas as decisões que viabilizassem a satisfação das vontades do seu marido bebezão, alem de dar as cartas dentro do palácio para um rei que só sabia covardemente dizer: Sim! Ta certo! Vai ser assim como você determinou! Jezabel era o tipo de mulher que comandava as ações; e Acabe, o tipo de marido que acatava tudo cegamente.
A conclusão sobre a vida de Acabe está registrada na Bíblia da seguinte forma: “Nunca existiu ninguém como Acabe que, pressionado por sua mulher Jezabel, vendeu-se para fazer o que o SENHOR reprova” (1Reis 21:25).
A postura de Acabe na relação conjugal era de submissão, enquanto que a postura de Jezabel era de dominação autoritária. Homens infantis, fracos, quando se casam são governados pelas esposas, o que viabiliza a inversão de papeis conjugais de forma contundente.
Não é difícil encontrar-se casais semelhantes a Acabe e a Jezabel. Homens infantis casados com esposas dominadores, ou até mesmo encontrar-se mulheres infantis casadas com homens castradores. O resultado, em qualquer dos casos, é um relacionamento conjugal doentio, até mesmo devastador.

FAMÍLIA: UM GRANDE PROJETO – V

on sábado, 21 de abril de 2012



Tenho certeza que nenhuma pessoa casa-se com outrem com o propósito de viver em desgraça, em miséria, nem em confusão e violência. Ninguém, em sã consciência, projeta destruição para sua vida. Mas a realidade tem mostrado que muitos casamentos são na verdade um viver no inferno, e não no céu. O relacionamento conjugal é doentio, e em muitos casos, até desestruturante. São os casamentos marcados pela violência. Hoje quero lhes falar sobre um outro tipo de marido: O MARIDO VIOLENTO.
Na Bíblia há narrativas sobre um homem chamado Nabal.
Sobre ele a Bíblia diz: “O nome desse homem era Nabal; sua esposa, uma mulher muito linda e inteligente, chamava-se Abigail. Mas o marido... era um tipo esquisito, grosseiro, teimoso; era um sujeito difícil de se lidar. Falando sobre o esposo Abigail declarou: “é um homem tão teimoso, que ninguém pode conversar com ele! Nabal é um homem estúpido, de mau gênio; ... Ele é um louco – é exatamente o que o seu nome Nabal significa”.
Nabal é um personagem cujas atitudes são vistas hoje na vida de um grande percentual de esposos.
Este homem é o protótipo dos maridos violentos de nossos dias. Homens grosseiros, teimosos, esquisitos, estúpidos, pessoas de difícil comunicação, alguém com quem não se pode conversar. Homens de mau gênio. Nabal incampava em sua personalidade, e consequentemente em suas atitudes, o significado do próprio nome, “louco”.
A grande marca de Nabal era sempre agir em loucura. O relato bíblico mostra a maneira agressiva pela qual este homem rico tratava aos seus empregados e à esposa, e como tratou os mensageiros de Davi. Insensatez era sua marca.
Nabal era um homem violento com todas as pessoas. Imagine como era o ambiente familiar. Era exatamente como você pensou: um inferno marcado por um turbilhão de ignorância e agressividade. Como Nabal, há muitos maridos. Homens violentos que mutilam a personalidade das esposas e dos filhos.
A mais destacada característica dos maridos violentos é a agressividade.  E a mais comum expressão de violência é a física. Agridem as esposas como se tivessem sobre elas o direito de vida e de morte. Mas um outro tipo de violência muito comum é a verbal, expressa em forma de palavras estúpidas e de baixo calão. São, na verdade, expressões carregadas de maldições. Tanto a violência física, quanto a violência verbal produzem mutilações emocionais. E tais mutilações são mais dolorosas e destruidoras que uma mutilação física causada por algum acidente. Cônjuges estúpidos e violentos são um estorvo na vida do companheiro.
O marido violento marca a família, mas de forma traumática, aterrorizadora.
Na Bíblia há um relato sobre Jeorão, um rei de Israel, que após sua morte teve a vida sintetizada na seguinte expressão: “E morreu Jeorão e não deixou de si saudades”. Que vida desgraçada foi a desse rei. Tudo o que conseguiu fazer foi marcar negativamente a esposa, os filhos e os súditos do reino.  É isso o que acontece com os esposos violentos. Eles são pessoas que passam na vida de outros gerando muito mais males do que bênçãos. Há tanto esposo violento que, na tentativa de contê-los, as autoridades criaram a Lei Maria da Penha. Embora a Lei possa intimidar, não temos visto uma diminuição da violência doméstica, porque o problema está no coração duro de certos homens. Há maridos que estão muito mais pra espírito imundo do que pra gente. É uma pena. O meu desejo é que haja um repensar de atitudes e mudança radical.

FAMÍLIA: UM GRANDE PROJETO – IV

on sábado, 14 de abril de 2012



Muitas pessoas vivem simplesmente ocupadas consigo mesmas, só pensam em si, e tudo fazem em função da satisfação do próprio ego. Quando se casam permanecem querendo o mundo aos seus pés. Quando esposos, eles são os MARIDOS EGOÍSTAS. E é grande o número deles. São os maridos para quem todos os desejos e vontades a serem satisfeitos são preponderantemente os seus. Todo o conforto, comodidades e o que de melhor houver a ser adquirido é para eles. Há chefes de família que se ocupam mais em zelar do seu carro, dos seus manga-largas marchador, dos seus zebus, do que dos seus familiares.
Conheço esposos que quando nasce um filho a primeira atitude que emitem é a de abandonar o quarto do casal, passando a dormir noutro aposento, para não serem incomodados pelo choro do recém-nascido. Estes senhores perdem o privilégio de partilhar do trabalho de criação dos filhos, embora se tenham deleitado na realização do ato genital que possibilitou a fecundação daquele bebê.
Um fato tem acontecido com grande frequência em nossos dias: a mulher, depois que passou a desempenhar atividades remuneradas fora do lar, incorporou a si o encargo de dividir com o esposo o custeio das despesas familiares, e em contrapartida deveria dividir também com ele as responsabilidades das tarefas domésticas, à medida da necessidade e possibilidade, num desempenho estabelecido com base no amor, na compreensão empática e no comprometimento, não havendo, assim, sobrecarga para nenhum dos dois, mas isto não é o que geralmente acontece. O comum é: às muitas responsabilidades da vida familiar, a mulher acrescentou a si as atividades profissionais, passando a viver em sobrecarga. O marido egoísta é insensível às necessidades do cônjuge. Não conhece a linguagem de amor que encha de afeto o tanque emocional da esposa e dos filhos. É uma pena que seja assim.
Muitas vezes esposo e esposa trabalham fora de casa, e quando ambos chegam cansados encontram as crianças querendo conversar, brincar, fazer o barulho festivo pela presença dos pais, ou mesmo a choramingar. Aí então, ele grita: “Mulher, tire esta criança daqui, eu quero descansar, eu quero ver o noticiário” ou então, quando a criança vem para junto dele diz: “Vá pro colo de sua mão menino. Me deixe em paz”.  Outros há que quando as crianças vão abraçá-los, logo protestam dizendo: “Afasta pra lá menino, não suje minha roupa, que abuso!” E assim perdem a oportunidade de cativar o filho, de criar laços que se perpetuem para o amanhã.
Os egoístas não conseguem centrar-se no outro visando fazê-lo feliz. Assim fazem também com o cônjuge. Eles são os que não se bastam, mas que querem ser plenamente abastecidos pelos outros, entendendo que os outros têm dever de supri-los até a abastança.
Como pessoas são inadequados e como esposos também. O relacionamento conjugal deve ser sempre repensado, reavaliado, a fim de que cresça em maturidade e os cônjuges venham ser um, como é a proposta de Deus.

FAMÍLIA: UM GRANDE PROJETO - III

on sábado, 7 de abril de 2012


As nossas atitudes é que declaram quem somos nós.
Da mesma forma como pelas atitudes se identificam se as esposas são sábias ou insensatas, é também pelas atitudes que se identificam tipos diferentes de maridos.

Há muitos tipos de maridos. Um deles é o MARIDO “ENCHE-COCHEIRA”.

Sabemos que uma das tarefas básicas dos esposos é serem supridores do lar. Mas há um grande número de homens casados que pensa ser seu dever apenas promover o sustento do lar, trazendo para dentro de casa os provimentos necessários à satisfação material dos seus familiares. Para esses homens, se o supermercado estiver dentro de casa, está tudo bem; nada mais é preciso. Empenham-se em trabalhar, muitas vezes até os três turnos do dia, no afã de conquistar bens, de aumentar o poder aquisitivo e ter abastança e suprir a casa. Mas se esquecem de investir algum tempo na alimentação afetiva dos familiares.  Parece que eles crêem que a família só tem estômago, e não, coração também. Não sabem que todas as pessoas têm um tanque emocional que necessita ser suprido, e que o único alimento capaz de suprir o tanque de amor são as atitudes afetivas.
Os esposos do tipo “ENCHE - COCHEIRA” geralmente deixam esposa e filhos emocionalmente raquíticos, embora abasteçam a geladeira, o armário, e a panela. Há o suprimento material, mas não há nem o suprimento emocional, nem o espiritual. Não percebem que os familiares necessitam de afeto, e se esquecem até de sua própria necessidade de suprimento emocional, tão aferrados estão no que é material. Doações afetivas não são bem a sua praia.
Pesquisas realizadas por psicólogos de renome demonstraram que o contato do tipo corpo-a-corpo é fundamental para o desenvolvimento do indivíduo. Chegaram à conclusão que o ser humano necessita de pelo menos, estimulação em forma de abraço, aperto, beijo, embalo, movimento e conversa para poder se desenvolver e manter-se razoavelmente bem. Isso é o mínimo de estimulação sensorial que se pode fornecer a uma pessoa para a construção afetiva razoável. É através do fornecimento desses estímulos que demonstramos aceitação, gostar, querer que irão servir de alimento à esposa e aos filhos.
O marido do tipo ENCHE-COCHEIRA está pouco interessado nessas coisas, e como decorrência quase não conversa com os familiares, não os abraça, não os beija, sequer deseja-lhes um boa-noite, um bom-dia ou coisa que o valha. Até no momento da prática do ato genital a coisa é feita de forma rápida, vapt-vupt, interessado apenas no usufruir do prazer pessoal. É um tipo de relacionamento rotineiro, pobre de expressões de carinho. A esposa desse tipo de marido sente-se carente de afeto, raquítica emocional. E ele mesmo é um carente.
O manual do fabricante de família, a Bíblia, nos ensina que “... a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui”. Logo, consiste em muito mais.
Aos maridos que não têm levado em consideração a questão afetiva em seu relacionamento conjugal recomendo uma mudança de visão de vida. É importante repensar as atitudes e cuidar das emoções e dos sentimentos da esposa e dos filhos. Todo aquele que supre com expressões amor a outrem é suprido também.

Outro tipo de esposo é o MARIDO DRAGÃO.

O marido DRAGÃO prima por estabelecer um sistema de relacionamento cuja característica é a desestruturação da personalidade da esposa. Ele age como que devorando a maneira de ser daquela a quem escolheu como companheira. Geralmente é estupidamente ciumento. Nas ações do cotidiano a individualidade da esposa vai sendo desrespeitada, violentada, e assim, gradativamente, ela vai tornando-se uma caricatura de gente, uma sombra do marido.
Conheci um casal cujo homem era um dragão devorador da esposa. Ele era um homem extrovertido, de grande cultura, bem sucedido como profissional, mas um fracasso como esposo.  Ela, antes do casamento era a própria alegria de viver. Bem relacionada com os colegas de escola e os amigos da vizinhança. Era alguém de bem consigo mesmo. Após o casamento, as atitudes do marido começaram a fazê-la mudar a sua maneira de ser. Ele se mostrou grandemente dominador, a ponto de deixá-la trancada dentro de casa durante o tempo em que ele estava no trabalho. Em caminhadas pelas ruas da cidade, enquanto ele cumprimentava às pessoas, ela seguia com o olhar fixo no chão. Hoje ela é simplesmente uma sombra do foi, e nada mais que uma personalidade completamente modificada, não passando de um apêndice do marido.
Esse não é o único caso existente. Sei que agora mesmo você está lembrando-se de algum caso que você conhece.
Agora, um ponto a ser pensado. É a aceitação passiva de tantas mulheres a uma violência à sua personalidade. Na maioria dos casos verifica-se um comodismo exagerado, sob a alegação de que se não se submeterem a esse tipo de relacionamento sofrerão agressão.
Aos esposos dragão aconselhe um repensar de atitudes. Ninguém se uniu a outrem pelo matrimônio para ser devorado. A relação conjugal deve promover o crescimento dos cônjuges e nunca a destruição deles.
Por hoje fiquemos com essas considerações, mas haveremos de falar sobre o esposo egoísta, o esposo violento, o esposo infantil e sobre o esposo companheiro.

FAMÍLIA: UM GRANDE PROJETO - II

on domingo, 1 de abril de 2012




Como todos sabem o ponto de partida para a constituição da família é o casal.
No Éden, o Criador, em sabedoria modelou a mulher, a partir do homem. De forma especial a criou, e em amor a entregou, a fim de que ela fosse o complemento adequado que ao homem faltava. Foi assim que aconteceu o primeiro matrimônio na face da terra. Agora, o homem sentiu-se pleno, realizado. A esposa passou a ser o milagre de Deus para sua vida. A dádiva preciosa que o Eterno preparou para que o homem dela desfrutasse em grande amor. O presente capaz de promover satisfação plena ao coração outrora solitário. 
Ao criar a família Deus tinha objetivos a serem alcançados, e estes objetivos não desapareceram, continuam existindo como meta de todo casal.
Primeiro: Que o casal, vivendo em comunhão, seja para o louvor da glória de Deus.
Segundo: Que o casal viva em amor e compromisso, procurando sempre o bem estar do cônjuge, ao invés do bem pessoal. Que o outro seja sempre o alvo das ações abençoadoras.
Terceiro: Que os cônjuges tenham os mesmos propósitos, a mesma visão, e se empenhem por torná-los realidade.
Quarto: Que o casal coloque as suas virtudes, bem como as suas limitações pessoais a serviço um do outro, a fim de elevá-lo, de fazê-lo crescer, de torná-lo melhor.
Quinto: Que o relacionamento entre os cônjuges se dê da mesma forma como a igreja e Cristo se relacionam.  Um relacionamento amorável, compromissado, zeloso, supridor, responsável, maduro, no qual o homem e a mulher trabalham a edificação da família.
O sábio Salomão com propriedade declarou: “A mulher sábia edifica a sua casa, mas a insensata com as próprias mãos a derruba”. Com base nessa expressão entendemos que há dois tipos básicos de esposas: a sábia e a insensata. E entendemos também que está nas mãos da mulher o poder de construir ou de destruir a sua casa, dependendo apenas de quem ela seja como esposa, e das atitudes que emita em seu lar. A esposa sábia constrói o lar, e a insensata o destrói.
A esposa sábia edifica o lar através das atitudes e das palavras adequadas que emite. A Bíblia afirma que “A mulher virtuosa é a coroa do seu marido”. Pela sua maneira de ser ela é um ornamento que embeleza a vida do esposo. Ela é uma mulher íntegra e cheia da graça de Deus. É a mulher que ao falar libera palavras que geram vida, e não maldição e morte. Ela é segura em seus posicionamentos, e intocável em seu caráter.  O sábio Salomão a descreveu dizendo que ela é valiosa pelas qualidades que possui; é confiável, bondosa, produtiva e responsável. É próspera, generosa e respeitada. Ela cuida do esposo com muito zelo ajudando-o a ser um homem proeminente em meio aos concidadãos. Não é ansiosa quanto ao futuro, porque mantém em seu coração grande confiança em Deus.
Não estava o sábio falando de uma utópica mulher maravilha, mas de uma mulher real, de carne e osso, alguém que é, na verdade, uma pessoa mais preciosa que rubis. Um complemento adequado ao homem. Alguém que cumpre o projeto que Deus estabeleceu ao criá-la.
Aproveitando a oportunidade quero honrar com minha gratidão às mulheres que têm procurado ser, ao lado dos esposos, a melhor esposa, a maior ajudadora, o complemento eficaz, alguém que dignifica o nome “mulher”. E numa honra a todas as esposas sábias, honro com a minha gratidão e com o meu reconhecimento, à minha própria esposa, o presente miraculoso que Deus me entregou e que tem me ajudado a ser o homem que sou, e a ter a família que tenho. À minha querida Wilma digo: “Princesa, você é meu milagre, meu presente, meu complemento eficaz, o grande amor de minha vida. Você tem sido verdadeiramente uma mulher sábia”.
Ao outro tipo de esposa o sábio rei de Israel denominou de esposa insensata. E disse que ela destrói a sua família com as próprias mãos. E o faz através de um agir e falar inconseqüentes. Comparando os dois tipos de esposas a Bíblia diz: “A mulher exemplar é a coroa do seu marido, mas a de comportamento vergonhoso é como câncer em seus ossos”. Ela é má companhia, não serve como modelo a ser imitado pelas mulheres mais jovens, por causa da sua insensatez. Ela é dada a contendas, a ciúmes sem fundamento; algumas são adúlteras, e muitas delas rixosas, fazendo do ambiente familiar um lugar inóspito, como se o ambiente da família fosse um terrível criadouro de mosquito da dengue, ou da malária. A Bíblia diz que “É melhor morar num canto sob o telhado do que repartir a casa com uma mulher briguenta”. E diz mais: É melhor viver no deserto do que com uma mulher briguenta e amargurada”. E prossegue: “A esposa briguenta é como o gotejar constante num dia chuvoso; detê-la é como deter o vento, como apanhar óleo com a mão”.
As esposas insensatas podem manifestar a insensatez de formas diferentes. Umas são DOMINADORAS como a Jezabel, esposa do rei Acabe. São mulheres portadoras de um pênis psicológico, mulheres que seguram com força o tacão ditatorial, e em tudo governam o marido, e a todos que dela se acercam. Outras são INSUBMISSAS, mestras em torcer o rosto, empinar o nariz, bater o pé no chão e confrontar com assinte ao marido. Há também as VAIDOSAS, um bibelô de vitrine, muito mais para manequim em passarela, do que para líder de família. Elas são a mulher excesso de cremes e gomas, rua e passarela. Muito mais ocupadas consigo mesmas, em detrimento da estruturação familiar. Mas encontramos entre as esposas insensatas aquelas que são as esposas RELAXADAS. Essas são o oposto das vaidosas. São mulheres descuidadas. Descuidadas consigo mesmas e com a sua casa, muito mais interessadas nas novelas e nas conversas da vizinhança, do que em administrar adequadamente sua família. Mas há também as esposas INTROMETIDAS, senhoras dos palpites, gente que só sabe se intrometer em tudo e, geralmente, não bem sucedidas no que dizem e fazem.  Outro tipo de esposa insensata é o das mulheres INSENSÍVEIS. Gente insensível a afetos e sem iniciativa; joguete nas mãos dos maridos. Mas o tipo mais comum de esposas insensatas é o das esposas ANSIOSAS. Elas são as rainhas da preocupação; especialistas em antever desgraças e escassez. São um poço de inquietação ansiosa. Para elas, haja antiansiolítico na farmácia. Não conseguem ver a Deus em seu trono e nele confiar. Estão com seus olhos fitos sobre quaisquer circunstâncias, sempre fazendo a leitura pelo prisma do caos, do fracasso. Fé não é muito sua praia. 
Bem, por hoje fiquemos com essa palavra sobre as esposas, mas aguardemos a nossa fala sobre os maridos. Vale à pena aguardar.

FAMÍLIA: UM GRANDE PROJETO

on terça-feira, 18 de outubro de 2011


Família é o grande projeto de Deus para o ser humano na face da terra. É também o maior investimento que o homem pode fazer, depois de ter Deus em sua vida. Muito mais do que investir em indústria, comércio, agricultura, pecuária, ou em aplicações financeiras, investir na família é o mais rentável de todos os investimentos, pelos resultados que apresenta.

A maior riqueza de um homem não é o acúmulo de bens materiais que venha conseguir, mas uma família estruturada, equilibrada. Não adianta ser rico materialmente e ser pobre em relacionamentos, em afetos, em comunhão com os seus familiares. Não adianta ser um grande conquistador de fortunas, e um grande derrotado dentro de casa.

Quando Deus criou o homem entregando-lhe a tarefa de administrar a terra com sua autoridade, declarou: “está muito bom”. O tempo passou e para o homem não se encontrava alguém que lhe correspondesse. A solidão batera-lhe ao coração. Então o Criador deliberou preparar-lhe alguém que o complementasse, e então, miraculosamente criou a mulher e lha entregou. Disse Deus: “Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea”. E criou a mulher. Mulher é o milagre que Deus preparou para o homem. Mas na fala de Deus há duas palavras importantíssimas. A primeira é “auxiliadora”. No hebraico significa: “Alguém que vem ao lado complementando”. A outra palavra é “idônea”. No original significa: “Que tem em si toda capacidade de cumprir sua função”. Logo, a mulher é o complemento adequado ao homem, com a capacidade de cumprir a função de complemento. E assim, Deus criou a família.

É tão importante a família, que lá no Jardim do Éden, Deus mesmo fez o milagre de iniciá-la, ao entregar a mulher ao homem, e movê-lo a fazer a declaração da Lei do Matrimônio.

Ao contemplar aquela que a partir daquele instante poria fim à solidão do seu coração, Adão, em êxtase declarou: “Esta sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada. Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne”.

Essa lei que regula o estabelecimento do viver conjugal tem palavras chaves de grande importância no contexto da estruturação da família.

A primeira delas é “DEIXA”. Deixar tem várias implicações. Uma delas diz respeito ao aspecto geográfico do deixar. Fala de filhos que estão unindo-se pelos laços do matrimônio terem de sair do endereço antigo, a casa dos pais, para o seu próprio endereço. Por que quando os filhos casam-se não devem permanecer morando na mesma casa com os pais? É simples a resposta. Porque quando os filhos se unem pelo matrimônio são constituídos em autoridade, na mesma instância de autoridade dos pais; são gerados cabeça de família, líderes como os pais, e estar no espaço a ser administrado é estabelecer duas cabeças no mesmo corpo, duas autoridades no mesmo lugar. E o resultado é sempre contenda, mal-estar, confusão, porque ambos sentem necessidade de exercer a autoridade da qual estão investidos. É uma necessidade natural que fica impedida pela duplicidade de líderes num mesmo espaço. E como os pais foram a autoridade primeira no pedaço, têm a primazia. O que acontecerá é: se não forem fortes sucumbirão ao exercício de autoridade do novo casal e sentir-se-ão mal; mas, se, se posicionarem no exercício da liderança enfrentarão dificuldades pelo choque de autoridade. E o resultado é desentendimento e muita confusão. Por isso o deixar geográfico é fundamental. Há até um adágio que diz: “Quem casa quer casa”. É uma verdade. Eu nem diria quer, dirá deve ter sua casa, seu espaço, seu pedaço, inda que venha ser bem simples. É melhor assim.

O outro aspecto do “deixar” é o financeiro. Quando alguém pretende casar-se com outrem deve ter gerado toda a condição do provimento da família. O sábio Salomão com ênfase declarou: “Termine primeiro o seu trabalho a céu aberto; deixe pronta a sua lavoura. Depois constitua família”. Ele estava certo. A família deve ser provida pelos seus líderes, e nunca pelos pais. Deixar diz respeito também a sair do bolso de papai e de mamãe. Hoje se vê muitos filhos constituírem família e continuarem tendo suas despesas pagas pelos pais. É a compra do supermercado, a farmácia, o plano de saúde, o aluguel, e até as benesses. Quem assim procede está quebrando a lei do matrimônio no que se refere ao deixar. E todo aquele que quebra um princípio lega, é quebrado por ele.

Mas há ainda um aspecto importante no “deixar”. É o deixar emocional. Isto fala de um desmame afetivo, necessário ao bem estar tanto do novo casal, quanto dos pais. Que quero dizer com “deixar emocional”? É o seguinte: enquanto os filhos são solteiros, os pais ocupam o primeiro lugar em seus afetos. Mas quando se casam este lugar de proeminência passa a pertencer ao cônjuge, passando assim os pais a ocuparem o segundo lugar. Não estou dizendo que os filhos, agora casados, devem cortar a ligação emocional com os pais, não. Estou dizendo que o lugar de proeminência nos afetos sofre alteração de posição. É aí onde surge um problema sério. É que muitas mães não terminaram o processo de parto de seus filhos, sobretudo dos homens. E, por isso, entendem que a mulher que entrou na vida do filho é uma ladra, alguém que chegou para roubar do seu amor o filho querido, e não completamente parido. É esta a grande causa dos conflitos entre sogra e nora.

Os filhos devem ser criados, não para os pais, mas para Deus e para eles mesmos. Os pais devem continuar sendo amados, honrados e respeitados pelos filhos, mas sem colocá-los no lugar que pertence ao cônjuge. Tem acontecido um erro grave com muitos homens: é não reconhecerem isso, e continuarem ligados excessivamente aos pais, em detrimento do cônjuge. É um erro de graves conseqüências.

Outra palavra que é importante na Lei do Matrimônio é o verbo UNIR. Esta palavra declara que a união conjugal é indissolúvel. No hebraico a palavra traduzida para o português por UNE tem o sentido literal de “colar, cimentar”. No casamento o homem e a mulher se colam um ao outro de forma que não há como separar, descolar. É semelhante ao que acontece com a colocação de cerâmica numa construção. Quando a argamassa é colocada com qualidade, ninguém consegue arrancar. Se tentar quebrará a cerâmica e o contra-piso. A união no casamento é como se colássemos duas folhas de papel de cores diferentes. Se depois de passados dias alguém quisesse separá-las não conseguiria. O máximo que aconteceria era o rasgar, sendo que em cada pedaço haveria as duas cores. Nunca uma só. É o que acontece quando há separação conjugal. Cada parte sai levando pedaços do outro e deixando pedaços seus, e uma grande dose de mágoa, dor e desgraça. Porque o que se cola, não se descola.

A terceira expressão importante da Lei do Matrimônio é “uma só carne”. Essa expressão fala de aliança e de intimidade de corpos. Fala do direito de usufruir um do outro em plenitude, por força de um compromisso firmado, uma aliança de sangue estabelecida.

Na seqüência da narrativa bíblica lemos que “O homem e sua mulher viviam nus, e não se envergonhavam”. Essa nudez fala da transparência que deve marcar a relação conjugal. Fala de alma aberta, nada a esconder. Fala de sentimentos expostos, pensamentos perceptíveis. Fala da confiança que um parceiro deve ter no outro.

Quando o relacionamento conjugal se mantém nestas bases há garantia de grande sucesso. Sobre esse assunto voltaremos em outra oportunidade.

CAMINHO DE EXCELÊNCIA

on domingo, 16 de outubro de 2011



Há um caminho a ser trilhado que está além da excelência. Caminho a ser percorrido por todos aqueles que almejam estabelecer um relacionamento eficaz com outrem. O apóstolo Paulo o apontou, e o descreveu, com grande propriedade ao dizer: “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará.

O amor é paciente, é benigno, o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

O amor jamais acaba.”

O amor, não como simples palavra, mas como realidade prática, é o caminho que ultrapassa a dimensão da excelência, e que deve ser desejado e buscado como trilha a ser percorrida dia após dia.

O amor tem características que são marcantes:

Paciência é a sua primeira marca. O amor sabe esperar o momento certo para amar. Falando sobre o tempo de amar, o sábio Salomão declarou: “Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, que não acordeis nem desperteis o amor, até que este o queira”. Cada vez que alguém é despertado para o amor, antes do tempo da maturidade para amar, enfrenta grandes dificuldades, porque o que marca o relacionamento amoroso precipitado é a paixão, e não o verdadeiro amor, daí o fracasso que segue às ações apaixonadas.

Bondade, outra marca forte do amor. O dicionário Lelo da Língua Portuguesa a define como sendo “inclinação para o bem; brandura; qualidade do que é bom”. O amor é assim, inclinado a proporcionar o bem estar do outro. Quem verdadeiramente ama a alguém se empenha por fazer o melhor para ele, por que quer vê-lo feliz.

O amor tem uma terceira característica importante: a ausência de ciúme ou inveja. O que o amor sempre quer é o bem estar do outro, e por isso não acorrenta, não sufoca, não oprime.

Uma outra marca do amor é a ausência de vanglória. Não há soberba no amor. Ele não tripudia sobre as pessoas, não as humilha, não expõe a fragilidade do outro. O amor é extremamente humilde.

O amor não comete injustiça para com o ser a quem se direciona. Tão pouco se alegra ao perceber que alguma injustiça está sendo cometida contra alguém. Ele se entristece com isso, ele se posiciona ao lado daquele que está sendo injustiçado, para ajudá-lo a livrar-se de tal situação. Quem ama não comete atos de injustiça contra quem quer que seja, e muito menos contra o parceiro de amor. O amor fica alegre é quando a verdade triunfa.

Outra marca característica do amor é a ausência de orgulho. O amor é tremendamente simples, e profundamente humilde. Orgulho não faz parte do seu conteúdo essencial.

O verdadeiro amor carrega em si a marca da não violência. Ele não agride a ninguém, não maltrata o seu parceiro.

O amor, também, não é egoísta, nem se ira facilmente. Ele é longânimo. Evita explosões desnecessárias. O amor sabe sofrer com resignação e equilíbrio enquanto aguarda sua vitória. Sabe confiar e esperar o momento de se posicionar; e sabe suportar as dores que a vida venha lhe proporcionar.

Por tudo isso, ouso dizer que uma relação amorável implica em envolvimento, compromisso, doação, responsabilidade, cumplicidade e liberdade. E a soma de tudo isso se chama FELICIDADE.