CAMINHO DE EXCELÊNCIA

on domingo, 16 de outubro de 2011



Há um caminho a ser trilhado que está além da excelência. Caminho a ser percorrido por todos aqueles que almejam estabelecer um relacionamento eficaz com outrem. O apóstolo Paulo o apontou, e o descreveu, com grande propriedade ao dizer: “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará.

O amor é paciente, é benigno, o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

O amor jamais acaba.”

O amor, não como simples palavra, mas como realidade prática, é o caminho que ultrapassa a dimensão da excelência, e que deve ser desejado e buscado como trilha a ser percorrida dia após dia.

O amor tem características que são marcantes:

Paciência é a sua primeira marca. O amor sabe esperar o momento certo para amar. Falando sobre o tempo de amar, o sábio Salomão declarou: “Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, que não acordeis nem desperteis o amor, até que este o queira”. Cada vez que alguém é despertado para o amor, antes do tempo da maturidade para amar, enfrenta grandes dificuldades, porque o que marca o relacionamento amoroso precipitado é a paixão, e não o verdadeiro amor, daí o fracasso que segue às ações apaixonadas.

Bondade, outra marca forte do amor. O dicionário Lelo da Língua Portuguesa a define como sendo “inclinação para o bem; brandura; qualidade do que é bom”. O amor é assim, inclinado a proporcionar o bem estar do outro. Quem verdadeiramente ama a alguém se empenha por fazer o melhor para ele, por que quer vê-lo feliz.

O amor tem uma terceira característica importante: a ausência de ciúme ou inveja. O que o amor sempre quer é o bem estar do outro, e por isso não acorrenta, não sufoca, não oprime.

Uma outra marca do amor é a ausência de vanglória. Não há soberba no amor. Ele não tripudia sobre as pessoas, não as humilha, não expõe a fragilidade do outro. O amor é extremamente humilde.

O amor não comete injustiça para com o ser a quem se direciona. Tão pouco se alegra ao perceber que alguma injustiça está sendo cometida contra alguém. Ele se entristece com isso, ele se posiciona ao lado daquele que está sendo injustiçado, para ajudá-lo a livrar-se de tal situação. Quem ama não comete atos de injustiça contra quem quer que seja, e muito menos contra o parceiro de amor. O amor fica alegre é quando a verdade triunfa.

Outra marca característica do amor é a ausência de orgulho. O amor é tremendamente simples, e profundamente humilde. Orgulho não faz parte do seu conteúdo essencial.

O verdadeiro amor carrega em si a marca da não violência. Ele não agride a ninguém, não maltrata o seu parceiro.

O amor, também, não é egoísta, nem se ira facilmente. Ele é longânimo. Evita explosões desnecessárias. O amor sabe sofrer com resignação e equilíbrio enquanto aguarda sua vitória. Sabe confiar e esperar o momento de se posicionar; e sabe suportar as dores que a vida venha lhe proporcionar.

Por tudo isso, ouso dizer que uma relação amorável implica em envolvimento, compromisso, doação, responsabilidade, cumplicidade e liberdade. E a soma de tudo isso se chama FELICIDADE.

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