Muitas pessoas
vivem simplesmente ocupadas consigo mesmas, só pensam em si, e tudo fazem em
função da satisfação do próprio ego. Quando se casam permanecem querendo o
mundo aos seus pés. Quando esposos, eles são os MARIDOS EGOÍSTAS. E é grande o número deles. São os maridos para
quem todos os desejos e vontades a serem satisfeitos são preponderantemente os
seus. Todo o conforto, comodidades e o que de melhor houver a ser adquirido é
para eles. Há chefes de família que se ocupam mais em zelar do seu carro, dos
seus manga-largas marchador, dos seus zebus, do que dos seus familiares.
Conheço
esposos que quando nasce um filho a primeira atitude que emitem é a de
abandonar o quarto do casal, passando a dormir noutro aposento, para não serem
incomodados pelo choro do recém-nascido. Estes senhores perdem o privilégio de
partilhar do trabalho de criação dos filhos, embora se tenham deleitado na
realização do ato genital que possibilitou a fecundação daquele bebê.
Um fato tem
acontecido com grande frequência em nossos dias: a mulher, depois que passou a
desempenhar atividades remuneradas fora do lar, incorporou a si o encargo de
dividir com o esposo o custeio das despesas familiares, e em contrapartida
deveria dividir também com ele as responsabilidades das tarefas domésticas, à
medida da necessidade e possibilidade, num desempenho estabelecido com base no
amor, na compreensão empática e no comprometimento, não havendo, assim,
sobrecarga para nenhum dos dois, mas isto não é o que geralmente acontece. O
comum é: às muitas responsabilidades da vida familiar, a mulher acrescentou a si
as atividades profissionais, passando a viver em sobrecarga. O marido
egoísta é insensível às necessidades do cônjuge. Não conhece a linguagem de
amor que encha de afeto o tanque emocional da esposa e dos filhos. É uma pena
que seja assim.
Muitas vezes
esposo e esposa trabalham fora de casa, e quando ambos chegam cansados
encontram as crianças querendo conversar, brincar, fazer o barulho festivo pela
presença dos pais, ou mesmo a choramingar. Aí então, ele grita: “Mulher, tire esta criança daqui, eu quero descansar,
eu quero ver o noticiário” ou então, quando a criança vem para junto dele
diz: “Vá pro colo de sua mão menino. Me
deixe em paz”. Outros há que quando as crianças vão
abraçá-los, logo protestam dizendo: “Afasta
pra lá menino, não suje minha roupa, que abuso!” E assim perdem a
oportunidade de cativar o filho, de criar laços que se perpetuem para o amanhã.
Os egoístas
não conseguem centrar-se no outro visando fazê-lo feliz. Assim fazem também com
o cônjuge. Eles são os que não se bastam, mas que querem ser plenamente
abastecidos pelos outros, entendendo que os outros têm dever de supri-los até a
abastança.
Como pessoas
são inadequados e como esposos também. O relacionamento conjugal deve ser
sempre repensado, reavaliado, a fim de que cresça em maturidade e os cônjuges
venham ser um, como é a proposta de Deus.
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