FAMÍLIA: UM GRANDE PROJETO - III

on sábado, 7 de abril de 2012


As nossas atitudes é que declaram quem somos nós.
Da mesma forma como pelas atitudes se identificam se as esposas são sábias ou insensatas, é também pelas atitudes que se identificam tipos diferentes de maridos.

Há muitos tipos de maridos. Um deles é o MARIDO “ENCHE-COCHEIRA”.

Sabemos que uma das tarefas básicas dos esposos é serem supridores do lar. Mas há um grande número de homens casados que pensa ser seu dever apenas promover o sustento do lar, trazendo para dentro de casa os provimentos necessários à satisfação material dos seus familiares. Para esses homens, se o supermercado estiver dentro de casa, está tudo bem; nada mais é preciso. Empenham-se em trabalhar, muitas vezes até os três turnos do dia, no afã de conquistar bens, de aumentar o poder aquisitivo e ter abastança e suprir a casa. Mas se esquecem de investir algum tempo na alimentação afetiva dos familiares.  Parece que eles crêem que a família só tem estômago, e não, coração também. Não sabem que todas as pessoas têm um tanque emocional que necessita ser suprido, e que o único alimento capaz de suprir o tanque de amor são as atitudes afetivas.
Os esposos do tipo “ENCHE - COCHEIRA” geralmente deixam esposa e filhos emocionalmente raquíticos, embora abasteçam a geladeira, o armário, e a panela. Há o suprimento material, mas não há nem o suprimento emocional, nem o espiritual. Não percebem que os familiares necessitam de afeto, e se esquecem até de sua própria necessidade de suprimento emocional, tão aferrados estão no que é material. Doações afetivas não são bem a sua praia.
Pesquisas realizadas por psicólogos de renome demonstraram que o contato do tipo corpo-a-corpo é fundamental para o desenvolvimento do indivíduo. Chegaram à conclusão que o ser humano necessita de pelo menos, estimulação em forma de abraço, aperto, beijo, embalo, movimento e conversa para poder se desenvolver e manter-se razoavelmente bem. Isso é o mínimo de estimulação sensorial que se pode fornecer a uma pessoa para a construção afetiva razoável. É através do fornecimento desses estímulos que demonstramos aceitação, gostar, querer que irão servir de alimento à esposa e aos filhos.
O marido do tipo ENCHE-COCHEIRA está pouco interessado nessas coisas, e como decorrência quase não conversa com os familiares, não os abraça, não os beija, sequer deseja-lhes um boa-noite, um bom-dia ou coisa que o valha. Até no momento da prática do ato genital a coisa é feita de forma rápida, vapt-vupt, interessado apenas no usufruir do prazer pessoal. É um tipo de relacionamento rotineiro, pobre de expressões de carinho. A esposa desse tipo de marido sente-se carente de afeto, raquítica emocional. E ele mesmo é um carente.
O manual do fabricante de família, a Bíblia, nos ensina que “... a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui”. Logo, consiste em muito mais.
Aos maridos que não têm levado em consideração a questão afetiva em seu relacionamento conjugal recomendo uma mudança de visão de vida. É importante repensar as atitudes e cuidar das emoções e dos sentimentos da esposa e dos filhos. Todo aquele que supre com expressões amor a outrem é suprido também.

Outro tipo de esposo é o MARIDO DRAGÃO.

O marido DRAGÃO prima por estabelecer um sistema de relacionamento cuja característica é a desestruturação da personalidade da esposa. Ele age como que devorando a maneira de ser daquela a quem escolheu como companheira. Geralmente é estupidamente ciumento. Nas ações do cotidiano a individualidade da esposa vai sendo desrespeitada, violentada, e assim, gradativamente, ela vai tornando-se uma caricatura de gente, uma sombra do marido.
Conheci um casal cujo homem era um dragão devorador da esposa. Ele era um homem extrovertido, de grande cultura, bem sucedido como profissional, mas um fracasso como esposo.  Ela, antes do casamento era a própria alegria de viver. Bem relacionada com os colegas de escola e os amigos da vizinhança. Era alguém de bem consigo mesmo. Após o casamento, as atitudes do marido começaram a fazê-la mudar a sua maneira de ser. Ele se mostrou grandemente dominador, a ponto de deixá-la trancada dentro de casa durante o tempo em que ele estava no trabalho. Em caminhadas pelas ruas da cidade, enquanto ele cumprimentava às pessoas, ela seguia com o olhar fixo no chão. Hoje ela é simplesmente uma sombra do foi, e nada mais que uma personalidade completamente modificada, não passando de um apêndice do marido.
Esse não é o único caso existente. Sei que agora mesmo você está lembrando-se de algum caso que você conhece.
Agora, um ponto a ser pensado. É a aceitação passiva de tantas mulheres a uma violência à sua personalidade. Na maioria dos casos verifica-se um comodismo exagerado, sob a alegação de que se não se submeterem a esse tipo de relacionamento sofrerão agressão.
Aos esposos dragão aconselhe um repensar de atitudes. Ninguém se uniu a outrem pelo matrimônio para ser devorado. A relação conjugal deve promover o crescimento dos cônjuges e nunca a destruição deles.
Por hoje fiquemos com essas considerações, mas haveremos de falar sobre o esposo egoísta, o esposo violento, o esposo infantil e sobre o esposo companheiro.

0 comentários:

Postar um comentário