As nossas
atitudes é que declaram quem somos nós.
Da mesma forma
como pelas atitudes se identificam se as esposas são sábias ou insensatas, é
também pelas atitudes que se identificam tipos diferentes de maridos.
Há muitos tipos
de maridos. Um deles é o MARIDO “ENCHE-COCHEIRA”.
Sabemos que
uma das tarefas básicas dos esposos é serem supridores do lar. Mas há um grande
número de homens casados que pensa ser seu dever apenas promover o sustento do
lar, trazendo para dentro de casa os provimentos necessários à satisfação
material dos seus familiares. Para esses homens, se o supermercado estiver
dentro de casa, está tudo bem; nada mais é preciso. Empenham-se em trabalhar,
muitas vezes até os três turnos do dia, no afã de conquistar bens, de aumentar
o poder aquisitivo e ter abastança e suprir a casa. Mas se esquecem de investir
algum tempo na alimentação afetiva dos familiares. Parece que eles crêem que a família só tem
estômago, e não, coração também. Não sabem que todas as pessoas têm um tanque
emocional que necessita ser suprido, e que o único alimento capaz de suprir o
tanque de amor são as atitudes afetivas.
Os esposos do
tipo “ENCHE - COCHEIRA” geralmente deixam esposa e filhos emocionalmente
raquíticos, embora abasteçam a geladeira, o armário, e a panela. Há o
suprimento material, mas não há nem o suprimento emocional, nem o espiritual.
Não percebem que os familiares necessitam de afeto, e se esquecem até de sua
própria necessidade de suprimento emocional, tão aferrados estão no que é
material. Doações afetivas não são bem a sua praia.
Pesquisas
realizadas por psicólogos de renome demonstraram que o contato do tipo
corpo-a-corpo é fundamental para o desenvolvimento do indivíduo. Chegaram à
conclusão que o ser humano necessita de pelo menos, estimulação em forma de
abraço, aperto, beijo, embalo, movimento e conversa para poder se desenvolver e
manter-se razoavelmente bem. Isso é o mínimo de estimulação sensorial que se
pode fornecer a uma pessoa para a construção afetiva razoável. É através do
fornecimento desses estímulos que demonstramos aceitação, gostar, querer que
irão servir de alimento à esposa e aos filhos.
O marido do
tipo ENCHE-COCHEIRA está pouco interessado nessas coisas, e como decorrência
quase não conversa com os familiares, não os abraça, não os beija, sequer
deseja-lhes um boa-noite, um bom-dia ou coisa que o valha. Até no momento da
prática do ato genital a coisa é feita de forma rápida, vapt-vupt, interessado
apenas no usufruir do prazer pessoal. É um tipo de relacionamento rotineiro,
pobre de expressões de carinho. A esposa desse tipo de marido sente-se carente
de afeto, raquítica emocional. E ele mesmo é um carente.
O manual do
fabricante de família, a Bíblia, nos ensina que “... a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele
possui”. Logo, consiste em muito mais.
Aos maridos
que não têm levado em consideração a questão afetiva em seu relacionamento
conjugal recomendo uma mudança de visão de vida. É importante repensar as
atitudes e cuidar das emoções e dos sentimentos da esposa e dos filhos. Todo
aquele que supre com expressões amor a outrem é suprido também.
Outro tipo de esposo
é o MARIDO DRAGÃO.
O marido
DRAGÃO prima por estabelecer um sistema de relacionamento cuja característica é
a desestruturação da personalidade da esposa. Ele age como que devorando a
maneira de ser daquela a quem escolheu como companheira. Geralmente é
estupidamente ciumento. Nas ações do cotidiano a individualidade da esposa vai
sendo desrespeitada, violentada, e assim, gradativamente, ela vai tornando-se
uma caricatura de gente, uma sombra do marido.
Conheci um
casal cujo homem era um dragão devorador da esposa. Ele era um homem
extrovertido, de grande cultura, bem sucedido como profissional, mas um
fracasso como esposo. Ela, antes do
casamento era a própria alegria de viver. Bem relacionada com os colegas de
escola e os amigos da vizinhança. Era alguém de bem consigo mesmo. Após o
casamento, as atitudes do marido começaram a fazê-la mudar a sua maneira de
ser. Ele se mostrou grandemente dominador, a ponto de deixá-la trancada dentro
de casa durante o tempo em que ele estava no trabalho. Em caminhadas pelas ruas
da cidade, enquanto ele cumprimentava às pessoas, ela seguia com o olhar fixo
no chão. Hoje ela é simplesmente uma sombra do foi, e nada mais que uma
personalidade completamente modificada, não passando de um apêndice do marido.
Esse não é o
único caso existente. Sei que agora mesmo você está lembrando-se de algum caso
que você conhece.
Agora, um
ponto a ser pensado. É a aceitação passiva de tantas mulheres a uma violência à
sua personalidade. Na maioria dos casos verifica-se um comodismo exagerado, sob
a alegação de que se não se submeterem a esse tipo de relacionamento sofrerão
agressão.
Aos esposos
dragão aconselhe um repensar de atitudes. Ninguém se uniu a outrem pelo
matrimônio para ser devorado. A relação conjugal deve promover o crescimento
dos cônjuges e nunca a destruição deles.
Por hoje
fiquemos com essas considerações, mas haveremos de falar sobre o esposo
egoísta, o esposo violento, o esposo infantil e sobre o esposo companheiro.
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