O “porém” que marcou a história da nossa vida, não pode nos deter. Precisamos avançar reescrevendo a nossa história. Há marcas que nos acompanham, que nós não geramos, mas estão a nos acompanhar. Outras “porém” são da nossa responsabilidade.
Jefté, o personagem comentado no último programa, carregava como marca em sua vida o fato de ter sido gerado como um filho de prostituição, logo, um bastardo. Sobre si estava uma marca um, “porém”. Mas esse moço, que fora rejeitado pelos irmãos e pela sua comunidade, teve a oportunidade de dar a volta por cima, e aproveitou bem a chance que a vida lhe ofereceu.
Quando sua cidade estava ameaçada de invasão precisava de um guerreiro valente, de um homem destemido que liderasse aos soldados com bravura, e que derrotasse aos inimigos. Como lhes faltasse alguém com esse perfil, lembraram-se de Jefté e foram buscá-lo na cidade em que ele estava morando. Era a chance de esse valente dar a volta por cima, ultrapassar o “porém” que marcava sua trajetória, e conquistar uma posição de respeito. Foi exatamente o que aconteceu.
Ao ser convidado para ser o líder do exército ele estabeleceu suas condições, e tornou-se o governador da sua terra natal.
Agora, o Jefté que fora expulso por ser filho de uma prostituta, volta carregado por aqueles que o rejeitaram, e após conquistar a vitória no campo de batalha foi colocado como o governador daquela gente.
A nova história da vida de Jefté começou a ser escrita. O seu “porém” não mais era percebido. Ele venceu.
Comigo também não foi diferente. Em janeiro de 1970 estava eu em Salvador, em frente ao auditório do colégio ICEIA, no Barbalho, para prestar concurso para o Magistério Público, como professor do então chamado Ensino Médio. Naquela manhã ensolarada, enquanto aguardávamos que o portão fosse aberto para que ouvíssemos a aula magna proferida pelo Secretário de Educação Navarro de Brito, e o concurso começasse, estavam reunidos milhares de professores Licenciados
Ao ultrapassar o, “porém”, da minha formação acadêmica, me sobrou a oportunidade de, em março de 1972, juntamente com os professores Antônio Moura Pereira, Tanajura, Zélia Chequer e Maria Laura Veloso, liderados pelo saudoso Dr. Jesiel Norberto, fundar a primeira faculdade que deu origem à UESB, a Faculdade de Formação de Professores de Vitória da Conquista.
O “porém” da limitação financeira que não me permitiu cursar uma faculdade na capital foi ultrapassado, e tenho caminhado em vitória, na Vitória da Conquista.
A você que me ouve quero dizer agora: Não se deixe derrotar por causa de algo negativo que esteja a lhe marcar, em sua origem. Dê a volta por cima, aproveite bem as chances que a vida lhe oferecer, ultrapasse as barreiras e as limitações, seja maior que o “porém” e conquiste o seu espaço. Não se detenha, avance.
Sua vitória depende apenas de você.
2 comentários:
isso é inspirador. eu vivo essa cituação, estou desviado dos caminhos do senhor da glória quero desesperadamente voltar a comunhão, "porem" me sinto fraco e desamparado.(sergio andrade)
rubem cavalcante o veizim que da show...
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